Menos de sete minutos para que a consciência se refletisse no discurso de uma menina de apenas 12 anos.
O pedido era de clemência sobre a situação do planeta na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, que ficou conhecida como a Rio-92.
Mais que o pedido de socorro, para quem conhece bem o sentido dos pilares da sustentabilidade, sabe que o "cala boca" da canadense Severn Cullis-Suzuki, foi além.
Severn, representava um grupo de jovens canadenses de 12 e 13 anos, que defendiam com muita propriedade, a sustentabilidade e um mundo mais justo.
Com muita segurança a menina falou de igual para 108 chefes de estado, entre eles: George Bush (EUA), François Mitterrand (França), Helmut Kohl (Alemanha) e Fidel Castro (Cuba).
No puxão de orelha para a humanidade capitalista, e no discurso considerado o dos mais emblemáticos na defesa igualitária, mostra que ao longo da história, os homens na sua organização em sociedade e nas suas formas diferentes de produzir os bens necessários à sua sobrevivência, trouxe o capitalismo desenfreado.
Que vem proliferando desde o feudalismo. E poucos engravatados estavam de fato preocupados com a sustentabilidade do planeta. Com as desigualdades sociais.
Ah, antes que eu me esqueça, tinhamos como representante de governo federal, (na época com 40 anos de idade), o mais jovem presidente da história do Brasil, Fernando Collor de Mello.
No discurso, a jovem também dizia estar espantada com o tanta criança morando nas ruas do Brasil. E destacou que a forma de agir dos adultos era egoísta, pois o pensamento do capitalista não estava preocupado com o planeta e com o futuro das crianças.
Como "representante do futuro", defendia juntamente com as outras militantes mirins, o seu espaço de forma CONSCIENTE e de quem estava por vir. A PEQUENA militante mostrou que ela como criança não tinha solução para tantas desigualdades, mas percebeu aos longo dos seus 13 anos, que os adultos também não tinham solução a não ser o da "ganância", palavras minhas.
"I'm only a child and I have no solutions, but I want you to know that you did not have".
No embasamento deixou uma pergunta exclamativa: Quem seria o gênio que iria reparar o buraco na camada de ozônio. Quem salvaria os peixes das águas poluídas. Qual seria a solução para à extinção dos animais, para a recuperação das florestas?
Respostas que ainda não foram respondidas.
Indagou a meninas aos representantes de governo, fazendo a lembrança que antes da representação diante da sociedade, eram representantes de suas famílias. Pais, mães, tios, tias, irmãos e irmãs e todos filhos. Filhos do planeta.
"Se vocês não podem construir, por favor, parem de destruir",disse.
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