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Crise política brasileira embarca com Temer

Vem do agronegócio os principais produtos exportados para à Rússia, que tem a JBS, destaque da industria alimentícia, como uma das principais empresas do mercado externo. 

O comércio decrescente no Brasil nos últimos anos, tem preocupado a indústria brasileira. Que viu uma possibilidade na primeira viagem do presidente Michel Temer á Europa para defender o avanço de acordo bilateral. 

Visita que também tem pela frente reuniões diplomáticas, consideradas por especialistas como uma das mais importantes na gestão do peemedebista.A passagem pela Rússia com parada na Noruega no primeiro dos cinco dias de viagem do presidente, começou com gafe diplomática antes do embarque. Agenda do Presidente da República anunciada no site do Palácio do Planalto - chamou a Federação da Rússia de República Socialista Federativa Soviética da Rússia. Corrigida após 20 minutos.

Já em Moscou, soou como desprestígio o desembarque do presidente brasileiro na Federação da Rússia. Mesmo sendo recepcionado com todos os protocolos de um chefe de Estado, recepção foi por representante do segundo escalão.

Correção ou não, de última hora, o presidente russo, Vladimir Putin acompanhou Temer em uma apresentação do Ballet Bolshoi. O que não estava previsto, mas que acabou marcando o primeiro encontro dos dois.

Bagagem pesada

A primeira viagem oficial como chefe de Estado levou na bagagem de Temer o peso dos reflexos negativos da crise política do Brasil. E comitiva de partido que analisa se desembarca ou não do governo. A depender do acordo de tucanos e peemedebistas. Com manutenção de interesse momentâneo para que o PMDB não tome posição contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), no processo na Comissão de Ética do Senado.

Apoio, projetos e saída pode estar condicionados a um 'grande acordo' que representa governabilidade para Temer, já que o PSDB é o segundo na lista com mais parlamentares no Congresso.


Nas primeiras horas, do outro lado do planeta, Temer recebeu a notícia da primeira derrota política no Senado. Votação por 10 votos a 9, desfavoráveis na Comissão de Assuntos Sociais da casa, sobre a 'tão' esperada reforma trabalhista.

Derrota muito comemorada por opositores, que contou com obstinação dura de um ex-presidente do Senado e aliado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Resultado que não inviabiliza tramitação.

Para o presidente, que mais uma vez tentou demonstrar confiança sobre derrota, disse que "O Brasil vai ganhar no plenário". E o plenário tem marcado o governo de Temer, com saldo positivo e negativo.

O curioso é que a viagem do presidente Michel Temer que busca estreitar caminhos para o crescimento do Brasil, num país que consome muitos produtos daqui, o destaque maior nas entrevistas, discursos e imprensa, não foi o estreitamento de relações da economia. Uma mistura amarga da economia brasileira e a crise política. O protagonista de uma crise política sem fim. E é ela que pode levar o primeiro presidente do Brasil a ser julgado no plenário do STF.

E o desconforto da posição do presidente brasileiro.Já que o agronegócio, carro chefe do Brasil também tem no portfólio do grupo, produtos do seu maior rival na atualidade. 

Falando em negativo

Tanto na chegada como no discurso, diante da frieza diplomática da parte do governo russo, no qual o Brasil tenta superar, as palavras do chefe maior do Brasil, envolvia questões políticas graves com o nome de o próprio Michel Temer envolvido.

As pontuações sobre o avanço na economia brasileira, tentaram suavizar os dilemas políticos do imbróglio envolvendo o grande exportador do Brasil. Mas, logo o discurso do presidenciável voltou a citar a danada da crise com recado em rede internacional para os 'desprezíveis desprezáveis'.

E a reposta amarga veio com decisão da justiça do DF que rejeitou a queixa-crime de Michel Temer contra Joesley Batista, o grande exportador, por suas declarações à revista Época.

Do outro lado do planeta

Apesar da agenda de política externa, uma das expectativas em torno de Temer em Moscou será sua reação caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de fato apresente sua primeira denúncia contra o presidente nessa semana. Fato que agora não está só sendo questionado pela imprensa brasileira. 


E a crise política que atravessou o planeta. 
E o "juízo é jurídico ou político"?




Foto:Agência Brasil/Divulgação




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