Pular para o conteúdo principal

Advogados de Lula entregam defesa prévia da ação do sítio de Atibaia alegando 'caráter político', falta de provas e pedido de 59 testemunhas que incluem Dilma e FHC



Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregaram nesta quarta-feira (24), na Justiça Federal, a defesa prévia sobre ação do sítio de Atibaia, alegando 'caráter político' e rejeição da denúncia  no pedido feito ao juiz Sérgio Moro. No documento de 75 páginas, eles disseram que denúncia que acusa o petista de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, seja rejeitada, negando que não é o dono do imóvel, alegando que não há provas ou indícios mínimos que respaldem a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

A defesa de Lula também criticou os moldes da denúncia, por se basear principalmente em delações premiadas. No documento protocolado os advogados também pediram que 59 testemunhas sejam intimadas, entre as dezenas de nomes, estão a do ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Roussef.


A defesa pediu ainda que se o juiz prosseguir com ação penal que seja aguardado o término do inquérito que tramita no STF, que apura se existiu uma organização criminosa que envolve entre os políticos e empresários o nome de Lula. O inquérito fatiado que passou de 39 para 66 políticos investigados foi dividido em quatro partes em outubro do ano passado pelo ministro Teori Zavascki, já falecido.

A denúncia 
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu propina através de seis contratos firmados entre a Petrobras, Odebrecht e a OAS. E dinheiro foi repassado ao ex-presidente através de reformas realizadas no sítio. Conforme a denúncia, as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão.

Apesar de o imóvel estar em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, os investigadores da força-tarefa encontraram uma série de elementos que, segundo a denúncia, comprovariam que o sítio pertence, na verdade, ao ex-presidente. Entre eles, estão bens pessoais, roupas e indícios de visitas frequentes ao imóvel. A denúncia afirma que entre 2011 e 2016, Lula esteve no local cerca de 270 vezes.

Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente. Em nota, a assessoria de imprensa dele disse que a "abertura de ação sobre o sítio de Atibaia é mais uma etapa da farsa judicial movida pela Lava Jato contra o ex-presidente Lula".

As prévias da defesa desta denúncia é a quarta contra Lula na Operação Lava Jato - e a sexta a que o petista responde sob acusação de corrupção.










*Com G1 e Uol




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Operação "Tesouro Perdido" deflagrada pela PF revela a maior apreensão de dinheiro em espécie da história do Brasil, valor total foi de 51 milhões, atribuído a ex-ministro Geddel

Imagens: PF A operação deflagrada pela Polícia Federal ontem (5), após dados coletados nas últimas fases da Operação "Cui Bono " , (terceira nesta fase e braço da Lava-Jato) que investiga desvios na Caixa Econômica Federal,  revelou a maior quantia em espécie já apreendida na história do Brasil. Foram  mais de 15 horas contabilizando as cifras, com o valor final  vindo  à tona já na madrugada desta quarta-feira (6), num total de: R$ 51.030,866, 40 . (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis reais e quarenta centavos). Sendo: R$  42.643,500,00 (Quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais) e US$ 2.688, 000,00 (dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos).  As cifras milionárias em espécie  foram atribuídas ao ex-ministro, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) na terceira fase da operação.  O dinheiro vivo   estava escondido  em um apartamento em area nobre de Salvador, no bairro da Graça, acoplados

Moro depoe na sede da Polícia Federal

Foto Eduardo Matysiak / Futura Press Iteressante ver hoje o formato da  divisão de direita e esquerda em Curitiba no Paraná, que em 2016 defendia o ex-juiz Sérgio Moro no acampamento da Lava Jato, ganhar o contexto  de anti-esquerda, extrema-direita e extrema-direita, por um fechado com Bolsonaro, nesse retorno do ex-ministro da pasta da Justiça (ao seu território), agora para depor em uma oitiva na Superpotência da Polícia Federal, num inquérito que investiga supostas tentativas de Jair Bolsonaro de interferir politicamente na corporação. Antres de deixar à pasta, Moro figura acionada no combate à corrupção no governo fez  graves acusações ao presidente da República, num desfecho de muitos arranhões, após Mauricio Valeixo, ser exonerado da direção-geral da Polícia Federal. Moro também pode virar reu neste caso.  O presidente Jair Bolsonaro rebateu na semana passada essas acusações do agora ex-ministro,  afirmando que o ex-juiz tentou negociar a troca no comando da PF por