O Ministério Público Federal (MPF) formalizou e acrescentou denúncia contra o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, na manhã dessa terça-feira (22), por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e por atrapalhar a investigação pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
Segundo a força tarefa, o executivo recebeu cerca de R$ 3 milhões em propina da Odebrecht enquanto atuava como líder da estatal com a operação da Lava Jato em pleno andamento. Mais cinco pessoas também foram denunciadas pelos mesmos crimes. O MPF disse que o levantamento das as provas, mostrou que Bendine fez um pedido inicial de propina no valor de R$ 17 milhões, quando ainda era presidente do Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial.
Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da empreiteira que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de propina porque entenderam que Bendine não teria capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil.
Os procuradores pediram 25 anos de prisão para o executivo que segue preso preventivamente desde o final de julho no Paraná. O procurador Athayde Ribeiro da Costa disse que "os elementos de prova são fortes e demonstram que Bendine recebeu propina à frente da estatal para favorecer a vida da Odebrecht", afirmou.
Bendine foi principal alvo da 42ª fase da operação deflagrada no mês passado quando o MPF solicitou ao juiz Sérgio Moro, extensão do mandado de prisão alegando "fortes evidências" da prática de corrupção, além de risco de fuga do país e obstrução da Justiça. O decreto sobre da temporária para preventiva saiu no último dia 31 em despacho do juiz Sérgio Moro, responsável pela 13ª vara da Justiça Federal de Curitiba e responsável pela Lava Jato. Que vai analisar o pedido da denúncia de hoje.
Na ação um grupo ligado a Bendine ele teria solicitado vantagens indevidas para beneficiar o grupo Odebrecht. Com base em delação, investigações da PF apontaram que Bendine essas pessoas solicitaram vantagem indevida, em razão dos cargos exercidos, para que a Odebrecht não viesse a ser prejudicada em futuras contratações da Petrobras.
Além de Bendine, outras seis pessoas foram denunciadas, incluindo o marqueteiro André Gustavo Vieira da Silva, preso assim como o ex-presidente da estatal e BB na 42ª da Lava-Jato, e o ex-presidente Marcelo Odebrecht.
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