PSDB/divulgação |
Disse o partido:
"O PSDB sabe que é hora de assumir os seus erros. Acabamos aceitando como natural o fisiologismo, que é troca de favores individuais e vantagens pessoais em detrimento da verdadeira necessidade do cidadão brasileiro. Temos que revisar nossos erros. Temos que nos conectar com as pessoas. Erramos cada vez que cedemos ao jogo da velha política".
O ministro das Relações Exteriores e vice-presidente nacional da legenda, Aloysio Nunes (SP), usou as redes sociais para dizer que o programa de “um monumento à inépcia publicitária” e "um tiro no pé".
Mas a crise tucana, também evidenciou muito o problema que o governo tem pela frente com o partido, que controla quatro ministérios (Cidades, Governo, Relações Exteriores e Direitos Humanos). Nesse novo reforço dos ideais, que agora, não ver uma viabilidade de total apoio; vieram depois de análises em cima do muro, com o horizonte das eleições que se aproximam.
E o presidente Michel Temer (PMDB), não gostou nem um pouco do conteúdo levado à TV, mas dependendo de apoio, tenta manter o diálogo aberto com os tucanos.
Interlocutores de Temer, alegaram que o presidente ficou irritado em ver o partido defender em rede nacional o parlamentarismo e lembrar o processo do impeachment, - mas com o tempo curto, tendo pela frente aprovações importantes, que garante uma certa governabilidade para o objetivo final, não levou as rusgas à vista.
No início da semana, o presidente interino, Tarso Jereissati e o presidente licenciado, Aécio Neves, estiveram com Temer. Lá, eles deixaram o recado (pelo menos de parte do partido), em comum sobre os dois lideres presentes, de que os cargos ocupados pelo partido no governo, estariam à disposição se assim quisesse, já que o PSDB priorizaria pela independência. Nesta-feira (18), Tasso voltou afirmar sua posição ao presidente, dizendo que os tucanos não vão ceder “nenhum milímetro” em sua posição de “independência” do governo por causa das pastas.
Na propaganda partidária, o PSDB acusou o governo de Temer de promover um "presidencialismo de cooptação". E com o recurso da animação, fizeram insinuações diretas de que o presidente comprou o apoio de deputados com dinheiro. Na dura crítica ao planalto, o PSDB disse que o Brasil, desde a redemocratização, vive um cenário de "governos em crise e presidentes sem apoio popular". Alegando que esses problemas são fruto do "chamado 'presidencialismo de coalizão', no qual o Brasil se transformou em um 'presidencialismo de cooptação".
Na votação do prosseguimento da denúncia do procurador Rodrigo Janot em que acusa o presidente Temer de corrupção passiva sabido a delação da JBS; votada no último dia 2, os tucanos ficaram divididos - com 21 dos 47 deputados. Mesmo assim, tem mantido uma certo tom de normalidade - que vem ganhando aos poucos um tom mais duro. O fato é que não pegou bem no palácio do planalto essa acusação e que o governo tenha que colocar panos quentes antes que o leite derrame de vez.
Uma coisa é certa, nada pegou bem. E a crise do tucanato com esse lançamento de um olhar de 'mea-culpa', pode render até na saída de nomes importantes do partido, configurando a mudança de siglas - que está ajudando a demorada indecisão; como o próprio PMDB que estuda voltar com o nome para MDB.
A conferir!
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